Esse post faz parte da série sobre a CSW63, conferência da ONU para debater a temática de gênero ao redor do mundo. Luiza Kormann, Embaixadora Bettha, representou a gente nesse evento! Nesse post, a Lu conta sobre o que rolou no painel sobre Mulheres na Liderança, e compartilha os melhores insights que saíram essa prosa! Cola com a gente e confira!
Oi gente bonitaaaa!
Dessa vez vim falar do tãão sonhado e falado tema Mulheres na Liderança!
Já comentei com vocês algumas vezes (no webinar, no insta, etccc) que o meu painel favorito na CSW foi esse. E não é à toa! Nele, estavam presentes lideranças femininas de vários meios: tech, governo, corporativo, acadêmico… Imagina só essa troca?! Vou passar aqui pelos principais pontos desse bate papo maravilhouser, começando por:
Planejamento e cooperação
Acho bacana começar por esse ponto pois foi central em todas as falas do painel. Pensa só: as nossas divas começaram de algum lugar, né? Foi muito rico ver como todas tem essa consciência bem evidenciada até hoje, em suas posições de liderança.
Todas querem deixar um legado em suas organizações para renovar a cultura organizacional e atualizar alguns costumes e padrões que muitas vezes deixam de fazer sentido. (Lembra que falei como é importante olhar nosso entorno?) Muito desse trabalho passa pelo próximo ponto:
O que é uma boa liderança?
Voltadas para uma mudança sustentável a longo prazo em suas organizações, as divas vem pensando na questão: o que é uma boa liderança?
Para isso, foram conduzidas diversas conversas de construção conjunta dentro de suas áreas. O curioso é que mesmo vindas de meios bastante diferentes, elas encontraram similaridades nos desafios como mulheres na liderança: os resquícios daquele modelo top-down, do chefe mandão, sabe?
Essa é uma questão que vem aparecendo bastante no mundo corporativo como um todo, e o mercado vem se atualizando bastante. O que foi ressaltado aqui foram, perceba, os resquícios. E, ainda, os resquícios que afetam a liderança feminina (que é o tema do painel, né?)
A trajetória até a liderança
Mesmo vindas de áreas diferentes, as histórias são similares: muita entrega, trabalho, dedicação e estudo. E ai vem o primeiro cargo de líder, a primeira equipe a liderar. Nesse momento, as participantes evidenciaram a dificuldade de se fazer ser lida como líder.
Elas pediam algo e não rolava, algumas piadinhas, atrasos, etc. E não entendiam muito bem por que. Foi muito envolvente esse momento do painel, por que todas se surpreenderam com a similaridade de suas vivências. Aquele alívio de saber que não foi só você, sabe?
Então elas passaram a entrar num “papel” de líder: se faziam mais duronas, mais bravas. Até que, anos depois, passaram a se sentir desconfortáveis por não se sentirem femininas! Verdade, de passar a ser ver muito masculinizada. Olha que loucura! E, nesse ponto, já mais seniors em suas organizações, passaram a pensar o por que dessa trajetória e como poderiam cortar esse ciclo.
O plano
Para estruturar um planejamento eficaz na construção de uma nova forma de liderança, foram traçados alguns pontos cruciais. Vou passar aqui os 3 pontos que apareceram em mais de uma fala (FIKDIK q deve ser importante meixxxmo)
O líder como mentor e mentorado
Ou seja, a mentoria vista como o estilo de relacionamento do líder para com sua equipe, assim como uma mentoria individualizada para o líder. É importante para o líder pensar em quais são os objetivos daquela liderança. E entender que, individualmente, sua equipe também requer essa mentoria. E entenda mentoria como troca, e FOCO, onde entra a tão famosa empatia. Provocar espaços e possibilitar trocas mais horizontais reflete em equipes mais unidas, motivadas e em mais entrega.
Nossos valores e crenças são muito influenciados pela nossas vivências
Olha a empatia aqui de novo! Pensa assim, cada pessoa tem sua história, suas dores, suas vitórias. Isso resulta num leque de valores e crenças específicos (alguns socialmente compartilhados, lógico). O bacana de espaços de trabalho diversos e horizontais e a possibilidade de olhar um mesmo problema por diversas perspectivas. E permitir-se olhar pelos olhos dos outros é muito enriquecedor. Permita-se!
Valorizar o autêntico
Muitas vezes dá aquela sensação de manada, né? O foco aqui é autoconhecimento. Sim, temos as mesmas skills técnicas, mas nós nos complementamos nas nossas capacidades únicas: podemos ser a musa da pesquisa, a rainha da leitura dinâmica, a deusa em entreter… As possibilidades são inúmeras porque nós somos muitas! Olha que beleza!
E o que nós podemos fazer com essas infos?
É a pergunta que não quer calar, né @?
Olha, falando aqui, de brasileira para brasileira, sabemos que tem algumas responsabilidades que, historicamente, tem ficado mais com a mulherada. O cuidado com a casa, filhos, os idosos da família, etc… Isso vem sendo super conversado – o que é muito bacana! Então, independente de qual seja a sua posição nessa conversa, vale fazer parte dela e, buscar, todxs juntxs, uma solução!
Quantas mães tem a sua empresa? Quais são os benefícios e auxílios dados pela empresa pra elas? Como são divididas as tarefas na sua casa? Tem muuuuito pano pra manga aqui, e, por isso, tenho certeza que serão trocas bem bacanas!
E outra coisa que não sai da minha cabeça: o que que é esse papo – em pleno século 21 – que homem não pode chorar, que tem que ser o provedor coisa e tal? Geeente, não cola, né? Esse é outro papo muito saudável de se ter!
São várias as discussões que podemos abrir aqui, e é exaaatamente isso que podemos fazer com essas infos: vamos conversar! Vamos entender melhor um ao outro, de onde viemos, para onde queremos ir e construir isso tudo junto! Vivemos divergências dos mais diversos tipos, sem dúvidas.
O que trago desse painel com muito carinho para esse post é: com conversas, cooperação e escuta ativa, é possível sim construir um futuro melhor.