Qual é o principal desafio para inovar? Muitas vezes encaramos alguns obstáculos como motivos para não inovar. Então, vamos conhecer alguns casos de pessoas e empresas que usaram esses mesmos problemas como gatilhos para construir algo inovador?
“Para inovar, preciso de dinheiro”
Se eu disser que muitas vezes o dinheiro é inimigo da inovação, você acredita? Pois bem, a limitação de recursos é um fator que quase sempre nos desafia a criar soluções pouco óbvias, nos tira da zona de conforto e faz com que exploremos ao máximo as possibilidades que temos em mãos. Esse aparente desafio para inovar, na verdade, é um grande aliado.
Mas claro que, para muitas inovações, o recurso financeiro é mais do que importante, é essencial. No entanto, existem exceções.
Quer um exemplo? Você já deve ter jogado O Banco Imobiliário, certo? Justamente numa época de crise financeira grave nos EUA no início da década de 30, Charles Darrow, recém desempregado, viu na crise a oportunidade de criar um jogo, onde comprar, vender e acumular recursos era possível.
Apesar da resistência inicial para encontrar uma empresa de jogos que comprasse sua ideia, O Banco Imobiliário explodiu e até hoje é um sucesso.
“Para inovar, preciso ser um especialista, profundo conhecedor no tema”:
Não conhecer o tema é mais comum do que se imagina. É tão comum que muitas ferramentas de inovação existem justamente para resolver essa questão e os projetos costumam ter uma etapa importantíssima dedicada a isso: são as chamadas etapas de pesquisa, entendimento, pesquisa de campo etc.
Então, da próxima vez você já sabe, não saber não é um problema, confia e vai!
Quer mais um exemplo? Talvez você conheça o Airbnb, uma plataforma online de hospedagens que conecta casas e apartamentos disponíveis para locação, e pessoas interessadas em encontrar um local para passar alguns dias (sem a figura do intermediador, corretora, hotel etc).
Os fundadores não tinham nenhuma experiência prévia em hotelaria! Ambos eram estudantes de design, e numa situação de mais aperto financeiro, tiveram a ideia de oferecer a sala do apartamento deles para pessoas que viriam até a cidade para um congresso de design, afinal, os hotéis eram muito caros e estava tudo lotado.
Bingo, depois de alguns investimentos na tecnologia e funcionalidades da plataforma, o Airbnb conseguiu revolucionar o mundo da hotelaria!
“Para inovar, preciso ser revolucionário”:
Muita gente pensa que inovação é aquele insight que chega quando estamos livres, leve e soltos. Ou que ela só é possível em lugares com uma cultura de trabalho super flexível, sem burocracias ou muitos protocolos. Olha, pode até acontecer, mas não dá para contar com o acaso e deixar de inovar se esse não for o seu caso, certo?
Existem muitas metodologias e ferramentas que são usadas para estruturar e conduzir projetos de inovação.
Além disso, muitas vezes, as empresas buscam uma inovação incremental, uma melhoria ou, em outros casos, invenções totalmente novas. Mas não podemos esquecer que pequenas criações podem gerar grandes impactos em nosso dia a dia. Já ouviu sobre a história do escorredor de arroz?
Uma cirurgiã dentista do interior de São Paulo, cansada de entupir sua cozinha com os grãos de arroz, montou o que seria a 1ª versão do escorredor, com a ajuda de seu marido, que era engenheiro. A invenção foi tão bem sucedida que aposto que você tem (ou já teve!) algum escorredor de arroz em sua casa, não é verdade?
Bom, e o que todos esses exemplos têm em comum?
Pessoas que não querem fazer parte do problema e, sim, da solução! Esse é o maior desafio para inovar! Claro que ferramentas e metodologias ajudam; uma equipe de trabalho colaborativa também. Mas o mais incrível dos projetos que envolvem inovação são as pessoas que estão por trás: sempre com muita energia, muito gás e muita flexibilidade.
Isso porque o erro, o obstáculo e a falta de recursos vão aparecer em algum momento, mas somente são superados com a energia de quem quer fazer acontecer 🙂