Blocos de anotações, câmeras fotográficas e muita correria. É assim que a maioria das pessoas imagina a vida de um repórter. E isso até que poderia ser verdade, só que dez anos atrás. A carreira do profissional de jornalismo mudou nos últimos anos, parte por culpa da internet.
Com ela, todos conseguem ter acesso à informação de maneira gratuita. Como consequência, o lucro dos grandes veículos de comunicação caiu. Afinal, qual foi a última vez que você comprou um jornal? Faz tempo, né?
E você não é o único que está parando de comprar. Segundo a Pesquisa Brasileira de Mídia, realizada pela Secretaria Especial de Comunicação do Governo Federal, apenas 7% das pessoas leem jornais impressos. Em contrapartida, 37% dos brasileiros se informam pela internet.
Esse fato também muda drasticamente a dinâmica da profissional. Ao contrário dos jornais, publicados diariamente, a internet está sendo atualizada a cada segundo. Portanto, a rotina dos jornalistas também mudou bastante.
Atualmente, um repórter fica mais tempo sentado atrás de sua mesa do que na rua, como costumamos ver em filmes e séries. As entrevistas, por exemplo, geralmente são realizadas pelo telefone. Tudo em prol da velocidade.
O que posso fazer com um diploma de jornalismo?
Não precisa se desesperar! Apesar de raros, esses empregos ainda existem. Entretanto, a concorrência para vagas em redações é extremamente alta e somente os profissionais mais capacitados são escolhidos.
Por outro lado, existe um grande leque de possibilidades para uma pessoa com um diploma em jornalismo. Por ter um repertório vasto e um amplo conhecimento na língua portuguesa, esses profissionais são cobiçados para diversas posições.
Vale lembrar que, para se exercer a profissão, não é necessário possuir um diploma universitário. Entretanto, são poucas as empresas que contratam profissionais que não possuem um ensino superior em jornalismo.
Confira algumas áreas de atuação que jornalistas podem atuar.
Repórter
Como já mencionamos, vagas de repórter estão cada vez mais raras. Mas isso não significa que você não conseguirá se tornar um! Mas, para isso, o esforço precisa começar até mesmo na hora de escolher uma faculdade.
Priorize uma instituição de ensino que possua uma grade curricular variada, com uma ênfase bem grande em matérias como antropologia, ciência política e história do Brasil.
Dependendo do assunto que você deseja cobrir, também pode ser necessário correr atrás de cursos complementares. Um repórter especializado em economia, por exemplo, precisa ter um amplo conhecimento sobre o tema.
Também se mantenha constantemente informado. Empresas como Globo, SBT, Record, Folha de São Paulo e Estadão costumam aplicar provas sobre o noticiário em seus processos seletivos. Logo, comece a comprar jornal!
Editor
Toda redação possui um editor. É ele o responsável por definir pautas, organizar o cronograma e fazer a revisão dos textos. Mas um editor pode atuar muito além das redações jornalísticas.
Editores também são contratados por gráficas, agências e grandes empresas com o objetivo de coordenar a produção de conteúdo e material interno. O grande ponto forte desses profissionais é a disciplina e o português impecável. Portanto, estude!
Assessor de imprensa
Imagine que sua empresa desenvolveu um produto novo e precisa o divulgar para o resto do mundo. Como fazer?
Esse é o trabalho do assessor de imprensa. Sua principal função é servir como ponte entre a empresa e veículos de comunicação. Isso geralmente é feito por meio de sugestões de pauta, que é quando o assessor entra em contato com os repórteres para divulgar seu cliente.
Mas esse trabalho é mais complexo do que você pensa.
Tudo que envolve a imagem do cliente é responsabilidade do assessor de imprensa. Isso vai desde tarefas simples, como monitorar as mídias sociais, até grandes desafios como o gerenciar escândalos e outras crises que podem envolver a empresa.
Analista de comunicação interna
Principalmente dentro das grandes empresas, o analista de comunicação interna tem uma importância considerável. É ele que vai ser o responsável por repassar informações pertinentes para os funcionários e clientes.
Sem esse profissional, muitas das estratégias elaboradas pelos diretores da empresa não surtem efeito. Afinal, é necessário comunicar aos funcionários o que está acontecendo, não é mesmo?
Eles também desempenham um papel importante na manutenção da cultura corporativa de uma empresa. Iniciativas como uma newsletter ou jornal interno, por exemplo, ajudam a manter os colaboradores alinhados e engajados com os objetivos, causas e discursos da organização.
Redator
Muitas corporações desejam transmitir conhecimento para seus clientes. Uma das preocupações do Bettha, por exemplo, é te manter informado sobre o mercado de trabalho e te dar dicas para sobre como fazer sua carreira decolar.
Uma empresa de alimentos, por sua vez, pode desejar falar para seus consumidores sobre nutrição. Já uma fabricante de carros pode escrever um blog com dicas sobre como aproveitar melhor os seus veículos. O leque de opções é vasto.
Por ser um profissional que trabalha com textos e especializado em transmitir informações, o jornalista muitas vezes é cotado para realizar essas tarefas. Legal, né?