Você, provavelmente, já tomou muitas decisões importantes relacionadas à sua carreira ao longo dos anos de exercício de sua profissão.
Às vezes, essas decisões foram mais fáceis; já em outras oportunidades, você pode ter sentido mais dúvidas. Questões como “devo largar meu emprego?”, “qual das ofertas devo aceitar?” ou mesmo “quais são minhas opções a longo prazo?” fazem parte da vida de qualquer pessoa.
E estas não são perguntas sem importância. Cada uma destas decisões vai afetar a forma como você vai dedicar anos de seu tempo. Então, é bom estar o mais consciente possível de cada escolha.
Em momentos assim, você pode se sentir tentado a seguir sua intuição. Isso não é necessariamente ruim, mas também é importante adotar uma abordagem mais sistemática, que forneça argumentos sólidos e esteja pautada em fatos concretos.
Mas, então, como seria um bom processo de decisões relacionadas à sua carreira? O mais comum é criar listas com prós e contras, mas você pode ir além e fazer isso de uma forma mais eficiente.
Nada contra as listas, mas elas podem fazer com que você coloque muito peso sobre questões que não são tão relevantes. E elas acabam simplificando um processo que pode ser baseado em métodos mais poderosos e assertivos.
Quer entender melhor? Siga com a leitura!
Você é maximizer ou satisficer?
A psicologia descobriu que a abordagem das pessoas, na hora de tomar uma decisão, costuma se encaixar em um de dois grandes grupos de perfis.
Segundo esta teoria, desenvolvida principalmente por Barry Schwartz, um psicólogo americano, há dois tipos de pessoas, na hora de tomar uma decisão: os maximizers e os satisficers.
Como o maximizer toma decisões
São pessoas que fazem o máximo esforço para tomar as melhores decisões. Buscam a maior quantidade de informação possível para que sua opção seja a mais inteligente.
Se você tende mais para o lado maximizer, é bem provável que tome todo o cuidado antes de escolher e reflita profundamente até chegar a uma conclusão.
Espera-se que isso dê, como resultado, uma escolha impecável (maximizers costumam ser perfeccionistas). No papel, parece tudo lógico e eficiente, já que os maximizers costumam passar muito tempo pensando qual é a melhor alternativa.
Por outro lado, há alguns contras a levar em consideração.
Maximizers podem passar tempo demais pensando na melhor escolha e, no final, perder o timming de algumas oportunidades. Também é comum encontrar perfis assim que estabeleçam metas inalcançáveis, que só funcionam bem na teoria. Por último, são pessoas que sentem em demasia o peso da pressão da escolha.
Como o safisficer toma decisões
Na outra ponta das formas de processos decisórios, encontramos os satisficers.
São pessoas que, quando pensam em como tomar decisões sobre suas carreiras e vidas, consideram mais o que querem ganhar ou preservar com isso e, posteriormente, avaliam quais são as opções e qual delas está mais alinhada com os objetivos de sua reflexão inicial.
Este perfil sabe que existem restrições para que sua escolha se materialize, e também entende que não pode resolver todas elas, e muito menos de uma forma rápida.
Esse processo costuma ter, como definição final, a escolha de algo que não é a opção perfeita, mas ainda assim, é boa o suficiente.
A desvantagem, aqui, reside exatamente em chegar muito rápido à uma decisão, que não necessariamente vai proporcionar o melhor retorno no futuro e pode criar frustrações mais pra frente.
Como tomar decisões de forma equilibrada?
Vimos que maximizers podem demorar muito para tomar decisões ou dependem de demasiada informação para isso. Já os satificers têm uma certa tendência a ignorar a realidade dos fatos.
A resposta está em identificar como você pensa e não ser “nem oito, nem oitenta”. Para isso, você pode seguir os passos que listamos a seguir:
#01 Identifique e analise sua decisão
Você tem total certeza do que está a ponto de decidir? Antes de qualquer coisa, compreenda todos os aspectos da escolha de seu futuro profissional.
Uma boa prática é fazer para si mesmo uma série de perguntas que esclareçam melhor os impactos de sua decisão. Questione coisas como:
- “por que eu estou fazendo isso?”, ou seja: essa decisão está alinhada com seus objetivos gerais de vida?
- “como isso pode me afetar?” vai lhe lembrar de consequências não previstas. Escolhas difíceis são sempre acompanhadas de efeitos nem sempre positivos.
- “por quem estou fazendo isso?” é uma forma de entender se você está orientando sua carreira por contra própria ou sofrendo influência de terceiros.
#02 Lembre-se de quem você é
Quais são seus valores? As crenças que lhe definem como pessoa? Seus valores são, em grande parte, a própria forma como você avalia a sua vida, sua carreira, sua felicidade.
Liste seus valores. Isso vai lhe ajudar a ter clareza sobre o que realmente importa para você. Se você curte tempo livre, não será uma boa ideia assumir compromissos que consumam todas as horas do seu dia profissionalmente.
Uma excelente forma de descobrir como você pensa é fazer alguns assessments. São testes que ajudam a identificar seu perfil comportamental e não têm “respostas erradas” entre suas perguntas: marque o que você intuir imediatamente e o resultado vai mostrar como você constrói sua lógica.
#03 Crie opções
Um dos piores erros que você pode cometer quando pensa em como tomar decisões é considerar poucas opções. Até mesmo o fato de ter mais alternativas pode melhorar sua satisfação (e tranquilidade) em relação à escolha final.
Também é bom pensar se sua próxima escolha tem a ver com um passo em direção a uma meta mais distante ou se você quer ir direto ao objetivo.
É importante se preparar antes de assumir oportunidades mais desafiadoras, caso contrário, sua experiência pode resultar frustrante e fazer com que você precise dar passos para trás novamente.
#04 Procure outras perspectivas sobre as possibilidades
Após eliminar as alternativas que realmente não lhe pareçam interessantes, que tal abrir um pouco seu processo e pedir a perspectiva de outras pessoas?
Amigos, familiares e outros profissionais podem jogar uma luz sobre aspectos que você não estava considerando. Dentro do possível, converse com pessoas que não sejam diretamente afetadas por sua escolha, elas provavelmente terão suas opiniões ‘contaminadas’.
#05 Revisite tudo que descobriu
Uma vez que você dedicou tempo às etapas anteriores, dedique mais um tempo a reavaliar as informações que você coletou até agora da forma mais objetiva possível.
É bem provável que você tenha começado esse processo com uma ideia e tenha terminado com uma noção muito mais ampla, que pode ter influenciado nos resultados pretendidos.
Checar novamente cada ponto vai dar a certeza de que não ficou nada de fora.
Agora, chegou o momento de executar seu plano! A carreira dos seus sonhos está à sua espera, só falta você encontrar as melhores oportunidades, que se encaixem no que você descobriu em seu processo de aprendizado de como tomar melhores decisões!
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