A carreira em T (também conhecida como “T-shaped professional”) surge como uma reação a uma necessidade do mercado: a multidisciplinaridade.
Esse modelo se diferencia dos seus pares (Y e W) por não focar necessariamente na relação entre especialização e liderança, mas na capacidade de dominar de forma profunda diversas áreas ao mesmo tempo.
Esse profissional se mostra extremamente atraente para as empresas. Afinal, o que determina o valor de um profissional é a sua capacidade de resolver problemas complexos e gerar valor para a organização. Logo, quanto mais um profissional se mostra versátil, mais ele vale no mercado de trabalho.
Mas como surgiu a carreira em T?
O modelo surgiu nos anos 2000, principalmente a partir da disseminação das startups. Afinal, com quadros pequenos de funcionários e funções que permitem bastante autonomia, esses negócios encontraram na carreira em T a oportunidade perfeita para achar “funcionários que façam de tudo”.
Diversos termos foram empregados para tais funcionários. Porém, esse perfil ficou conhecido como “T” por permitir que o funcionário especialista leve sua bagagem cultural para diferentes áreas do conhecimento.
Além disso, uma das principais características que esse cenário cria é a maior facilidade de trabalhar em equipe. Legal, né? Mas não é só isso!
O que é o modelo de carreira em T?
O principal ponto da carreira em T é permitir que se trabalhe cooperativamente, mas sem desprezar o valor individual no profissional.
Assim, o modelo representa uma composição de habilidades que valorizam a profundidade do conhecimento sobre um assunto e a gama de habilidades que são resultado disso.
Esse perfil é muito alinhado com a metodologia ágil, um dos modelos mais famosos e adorados para gestão de equipe atual.
Então o que compõe a carreira em T?
O modelo em T propõe a união do generalista e do especialista. De modo que, por um lado, todas habilidades necessárias para desempenhar a principal função de um profissional estejam bem precisas. Mas, ao mesmo tempo, um conhecimento que pode ser considerado como “não-essencial” para a função também esteja presente.
É justamente esse conhecimento que torna o profissional em T tão eficiente. Afinal, um Gerente de Marketing com conhecimentos em programação, por exemplo, é capaz de opinar sobre como uma solução apela pro ponto de vista comercial – além de ser funcional.
Como é o profissional desse modelo?
A verticalidade é a base da carreira em T. Ou seja, o conhecimento “core” de sua especialização, que é o que o mercado exige para o trabalho, se torna a prioridade. Essa base leva em conta as empresas que o profissional trabalhou, a formação e demais conhecimentos técnicos.
Mas a linha horizontal também precisa ser observada nesse modelo. Ela é considerada quando a parte vertical (que é o conhecimento já dominado) já está completa. Nesse ponto, o profissional é condicionado a estender seu repertório para além de suas funções. Então é aí que ele transita entre as diversas áreas do conhecimento e assimila toda essa bagagem. E tudo isso converge no valor que ele cria para a empresa no dia a dia.
Mas, para que tudo isso tenha sentido, o profissional deve se perguntar o quanto de controle tem sobre sua carreira, assim como a forma que explora as possibilidades do mercado e diferentes formas de renda. Então, para ser um profissional T, é essencial ter em mente onde você está no mercado profissional e até onde precisa chegar.
Essa ciência é fundamental na hora de escolher as habilidades aprimoradas. Afinal, nada adianta você dominar determinado assunto se ele não dialoga com sua função. Por isso os conhecimentos precisam ser completares.
Em outra visão, o profissional T pode se resumir nas seguintes características:
- Eterno aprendiz
- Colaborativo
- Empático
- Analítico
- Solucionador de problemas
Como se preparar para ser um profissional T?
O caminho para isso você já deve imaginar!
Ele começa diretamente na sua graduação. É nesse período que você deve direcionar as suas experiências profissionais e acadêmicas para a área que deseja atuar.
Depois, o momento de entrada no mercado de trabalho é sua primeira oportunidade para mostrar que a forma que pensa está alinhada às necessidades da empresa. É quando seu currículo sai fresquinho do forno que as organizações têm a primeira ideia do tipo de profissional que você é. Então é fundamental chegar preparado nessa etapa.
Para isso, a melhor estratégia é ter clareza sobre qual é a área que você deve se focar. Lembre que tudo é uma questão de direcionamento, e esse tipo de certeza vai garantir que você não desperdice tempo em habilidades que podem não ser proveitosas para você.
Entretanto, é legal lembrar que a transição pode ser dentro da própria organização! Apesar de ser mais difícil, muitas empresas permitem que você direcione sua carreira para o caminho que deseja. Basta muita conversa e planejamento.
Para quem é esse modelo?
Esse modelo ainda é considerado experimental por muitas empresas. Porém, de forma geral, costuma ser empregado por negócios dos setores de tecnologia ou startups, que utilizam técnicas para gestão ágil de equipes e buscam profissionais mais flexíveis para atuar de forma independente.
Gostou desse tipo de carreira? Compartilhe com a gente nos comentários qual tipo de carreira faz mais o seu estilo!